sino

domingo, 18 de dezembro de 2011

O ano acabou!







Oi gente!   

Hoje passei prá desejar à vocês um Feliz Natal e um ótimo 2012!

E também para comentar algumas coisas!

É incrível como nossa percepção do tempo muda com a idade não é?

Até os 20, você tem a exata noção de que o ano tem lá seus 365 dias e que eles demoram exatamente isso, senão mais prá passar ....

A proximidade das festas de fim de ano é um tempo de expectativas, de muita alegria e de grandes planos para o ano que chega.

Aos 30, você já não acha que o ano demora a passar, parece que ele está mais, digamos, domado. Mas as esperanças de renovação ainda se fazem presentes.

Aí, você chega aos 40.

Olha prá trás e fica tentando entender toda aquela euforia, toda a confusão e correria atrás de uma coisa que na verdade não existe: o tempo.

E ele parece voar!

Claro que ele de alguma forma faz com que o registremos independente do calendário. São as marcas no rosto, as dores novas no corpo, amigos que ficaram há muito na lembrança.

Mas com essa idade, você já sabe que nada muda com o Natal ou com o ano novo. Quer dizer! até muda: algumas peças no guarda roupas, um sapatinho básico e indispensável novo...

Mas, agora já sabemos que o novo ano será apenas mais uma etapa.

 Que viveremos da forma que escolhermos. Ou de acordo com as escolhas que fizemos até agora.

Você descobre que a virada do ano não tem poder de transformação.

Se algo mudar, será por sua decisão não por uma mágica qualquer.

Mas não pense que aos 40 deixei de gostar das festas e da tal euforia. Não!
Só que agora elas tem outro sentido.

É o momento de comemorar as conquistas e registrar, para não repetir, as decepções, os erros.

É o momento de reafirmar nosso amor por nossas coisas, pelos amigos, pela família e especialmente por nós mesmos.

E faço planos sim!

Planos de que a cada momento eu possa me sentir mais plena, mais consciente de que meu sorriso mostra todo meu ser, que ele busca alegrar não só aos outros mas principalmente a mim mesma.

Se eu tiver amor por mim, por minha vida, poderei comemorar e desejar o mesmo aos que estão à minha volta!

E à vocês que conheci há pouco, proponho um brinde à saúde, à beleza, à paz e à alegria!



UM FELIZ NATAL E UM







   SIMPLESMENTE SENSACIONAL!!!!!!!!!!

sábado, 26 de novembro de 2011

Observar

Olá vocês!
Hoje voltei prá falar de um velho hábito: observar as pessoas.

Tenho essa mania desde a adolescência. Andar por aí e observar as pessoas, seus gestos, seus olhares.

E é algo interessante. Quando eu era novinha, percebia as diferenças mas não as decifrava.

Hoje é diferente! Posso quase adivinhar o que passa nos corações dos que passam por mim. Mais uma vantagem (?) da idade.... O ponto de interrogação entre aspas está ai porque muitas vezes a gente se chateia apenas por "saber" que alguém está triste não é?

Isto acontece comigo especialmente quando percebo tristeza ou descontentamento nos olhos de jovens.





Vejam as mulheres. Sempre me chamaram a atenção os olhares delas. Antigamente, era mais simples, as mais jovens sempre tinham os olhos límpidos, com um brilho especial. Conforme observasse mulheres mais velhas, os olhos perdiam o brilho e sua expressão era meio vaga, meio longínqua...









Hoje sei exatamente do que se trata!

Sabe aquela coisa de que "os olhos são espelhos da alma"?

Pois é, são mesmo. Pode apostar comigo. Olhe para os olhos das mulheres que você conhece e das que apenas passam por você. Os olhos distantes, sem brilho viveram decepções, especialmente as amorosas. E sentem-se injustiçadas, machucadas e principalmente tornam-se arredias.

As de olhos vibrantes, brilhantes das duas uma: Encontraram um grande amor logo cedo e ficaram com ele (o tal viveram felizes para sempre) ou são aquelas mulheres que como eu, mesmo com uma série de despedidas, traições ou desamores acreditam na vida, no aproveitar seus dias de forma positiva. Também são aquelas que não culpam o outro. Que sabem que as perdas e ganhos podem ser indicações de caminhos futuros...

Infelizmente, ao contrário de quando eu era adolescente, hoje percebo "olhos opacos" em mulheres cada vez mais jovens! O que será que está acontecendo?

Outra coisa que pode ter a ver com isso tudo e que também adoro observar são os casais.



  Preste atenção! Quando você passar por um casal na rua, no shopping, em qualquer lugar, repare! Nós falamos muuuiiitttooo!


Não estou dizendo que devemos ficar mudas. Não é isso. Mas será possível que mesmo depois de centenas de livros que tentam explicar as diferenças entre os homens e as mulheres nós não aprendemos?

Não, eles também gostam de conversar e de nos ouvir, mas não durante o jogo de futebol ou quando estavam pensando em dormir...

Também detestam a tal DR (discutir a relação).

E afinal? Pra que continuamos insistindo nisso?

E não me venha falar em diálogo porque em geral não é o que fazemos. Colocamos nossos pontos de vista e o que esperamos deles é um simples e básico eco. Se discordarem ou ignorarem qualquer detalhe, ficamos bravas ou magoadas e ai piora tudo, porque se tem uma coisa com a qual eles não sabem lidar é com nossa sensibilidade, nossos mimimis!

Bons relacionamentos dependem sim de conversas, de entendimentos e até de regras claras.

Mas isto não quer dizer que não tenhamos formas de demonstrar a aceitação do "modelo" de relação adotado através do simples viver, das atitudes, do respeito aos momentos do outro.


Falem mulheres! Mas respirem entre uma frase e outra!

Deem ao cara aí do seu lado a chance de falar também, de mudar de assunto ou de te contar alguma coisa!

Ele não nota seu vestido novo, mas gosta de vê-la nele... Não é isso o que importa?

Pensem nisso,

Beijos,

Clara

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Clara

Meu nome é Clara.



Tenho 42 anos, sou divorciada, meu único filho vive hoje na Nova Zelândia.

Não me arriscaria a dizer que sou perfeita (mulher nenhuma pensa assim), mas gosto de mim com todos os excessos e faltas que percebo.

Sou arquiteta, portanto, mais atenta ao belo que ao cálculo.

Não tenho pais ou irmãos, mas tenho muitos amigos "reais" e virtuais.

Os reais dizem que sou infantil e que eu deveria mudar.

Dizem que lá pelos 40 deveria ter "caído na real", que não cabem mais reações exageradas diante de qualquer coisa, que deveria ser mais contida.

Dizem que deveria cortar os cabelos, usar cores menos vibrantes, ter uma postura mais séria em reuniões de trabalho.

Dizem também que eu deveria me casar de novo ou achar alguém que me fizesse mais tranquila ao invés de viver com os olhos brilhando de paixão ou com lágrimas pelo fim de um romance.
 eu, tenho certeza de que todos eles estão errados.

Me digam: pra que ou por quê eu deveria me conter diante de uma belíssima paisagem ou de uma bolsa espetacular? um enorme bolo de chocolate?

Por quê eu deveria reprimir minha paixão pelo galã da novela e deixar fluir minha imaginação fazendo planos para nosso "relacionamento"  se isso termina ao final do capítulo?

Um novo marido? É, poderia ser bom mas não a salvação como imaginam. Afinal, não estou em perigo, portanto não preciso ser salva...

Meu amor pelos amigos virtuais incomoda?

Oras! Ou isto é ciúme ou incompreensão.

Afinal, meus amigos virtuais são providenciais! Estão sempre à postos.

Como não amar a possibilidade de ter respostas, um carinho ou apenas uma boa conversa em qualquer uma das 24 horas do dia?

Sou infantil? Ajo como criança?

E o que é ser criança?

É amar e odiar sem subterfúgios.

É sorrir e chorar sem disfarces.

É vivercadamomento em sua plenitude.

É não ter dúvidas, apenas curiosidades.

É buscar respostas.

É não ter preconceitos.

Enfim, é ser Clara.

Muito prazer.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nossa Senhora




"Nossa Senhora me dê a mão, cuida do meu coração..."
Acho que mesmo o mais infiel dos mortais não poderia negar a beleza da letra e da melodia de Roberto Carlos.
Hoje, 12 de Outubro, dia da Padroeira do Brasil, N.S. de Aparecida, achei por bem falar desta fé que arrebanha tantos por aqui.
Não vou especificar "A" N. Sa., prá mim, ela é uma só, a mãe de Jesus, aquele que há 2011 anos ecoa seus gestos e suas palavras para um mundo surdo ou no mínimo com sérias dificuldades de interpretar o que houve.
Ela é a personificação da mãe, aquela que a partir do dia do conhecimento da existência de um ser dentro de si, nunca mais se desliga dele, busca protegê-lo, guiá-lo pelos caminhos da vida e sofre, por mais racional que seja, com qualquer tropeço que ele dê.
Personifica também as mulheres em geral. As "santas" as devassas, as jovens e as maduras que trazem em sua alma uma infinita capacidade de amar e perdoar. Que bancam a durona, mas balançam diante de gestos de carinho.





Pena que pouquíssimos consigam ver em N.Sa. a representação cristã Dela, a Grande Mãe, a Vida contida em Gaia, a mãe Terra que germina e faz nascer todas as sementes, nutridas pela Água, essa outra mãe que estamos exterminando sem dó nem piedade.
Lamento muito que as pessoas em sua maioria, prefiram representações ditadas por alguns sem se darem conta de que tudo é fruto de um contínuum, de uma vida que não tem começo, meio ou fim, de um tempo que não se conta.
E que se assim fosse, só teríamos a agradecer e não a suplicar.
Teríamos nossas ambições, mas para o nosso bem, sem precisar derrubar alguém. Estenderíamos mais a mão, como Ela, a N.Sa. em qualquer uma de suas representações faria.
Assim, termino com outras lindas palavras:
"... Nossa Senhora de Aparecida, ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida..."

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Amigos Imaginários

Amigos imaginários.... termo conhecido de pais, psicólogos e professores de crianças pequenas até os 6, 7 anos.





São aqueles seres que a criança "inventa" e com quem conversam, trocam confidências, brincam...

Nesa fase, isso é considerado normal, dá mais segurança, espanta uma eventual solidão. Mas também pode esconder uma falta de atenção por parte dos pais, da família.

Mas, com o tempo e apoio dos adultos eles vão perdendo seu lugar para os amigos reais.

Pois bem. Até há pouco tempo, isso era fato corriqueiro entre crianças e em menor proporção entre adolescentes.

Com o surgimento das redes sociais, muita coisa no mundo mudou.

O que ninguem esperava era que adultos passassem a ser acusados de estarem às voltas com amigos imaginários!

Foi isso que eu disse mesmo.  Há entre os adultos que tem filhos adolescentes e adultos, uma epidemia desta fantasia.

Ao menos na opinião dos tais filhos!

Eles se referem como imaginários ou inexistenntes aos amigos que seus pais, tios e avós fazem através das redes sociais! Dizem que os adultos de suas vidas estão fantasiando, estão envolvidos com gente que não existem ou que ao menos nunca se tornarão materiais, seres vivos ali, na sua frente. Isso sem contar os comentários sobre nossa "ingenuidade", sobre o risco de envolvimento com pessoas que não são o que parecem quando nas redes.

Tá, o risco existe sim, as notícias estão aí prá quem quiser ver.

E isso me lembra dos perigos trazidos pela generalização. As teorias psicanalíticas (que estudam as fantasias e as relações) e as de investigação policial (que estuda as arapucas criadas por estelionatários), não devem ser vistas como verdades absolutas no mundo contemporâneo. Precisam estar ao nosso alcance sim, mas para analisar e auxiliar pessoas que são incapazes de ler nas entrelinhas, que se deixam envolver cegamente sem obserrvar antes a consistência do que se diz ou se faz no mundo virtual.

Tenho observado atentamente este fenômeno há pelo menos 2 anos e digo à vocês filhos, netos e sobrinhos : A experiência de "seus adultos" (ou velhos, se preferirem). valeu de alguma coisa para a maioria!

Falo em meu nome e em nome de vários amigos imaginários!

Depois de entrar nas redes sociais e conviver virtualmente com meus seguidores, começaram a surgir relações que se mostraram mais densas, mais "próximas" Pessoas com quem passei a discutir assuntos que muitas vezes não comentava nem com a família. Sim, porque muitas vezes os que nos são muito próximos botam prá funcionar os pré conceitos que tem sobre nós, em geral baseados em experiências antigas e muito emocionais, e passam a não nos dar credito em nossos atos ou opiniões.

Será medo ou apenas um choque diante das novas atitudes dos "velhos"?

Ou será que a comparação entre as velhas e as novas gerações os faz ter receio em desenvolver relações saudáveis? Sim pq entre os mais velhos, há muito mais casos de amizades duradouras do que entre os mais jovens.... O tal do bullying antigamente, com o tempo deixava de massacrar a vítima e passava a trazer lembranças até agradáveis e conscientes do mal que causava e da ignorância que continham.

Falo por mim e por muitos amigos. As nossas relações, aos poucos foram saindo do virtual. Oportunidades foram surgindo para que os tais amigos imaginários se encontrassem na vida real.

Nessas ocasiões, em geral situações de encontros sociais, pudemos nos conhecer melhor e pasmem, constatar que aquelas pessoas eram aquilo que pensávamos mesmo! E os encontros reais se repetiram e, como na vida real, alguns se transformaram em amizades reais!

Com alguns dos amigos imaginários, houve oportunidae de encontros mais longos, de 2, 3 dias, onde a oportunidade de conhecimento mútuo aumentou muito. Nesses casos, a amizaade consolidou-se, tornou-se mais forte e real do que muitas feitas da forma tradicional. Conhecemos a família dos imaginários, seus sucessos e fracassos, seus sentimentos, suas angústias. E.... há carinho e respeito reais! 

Isso não é maravilhoso?

Há "brigas", discussões, discordâncias, ciúmes e coisas assim também, é claro. Por quê? Oras! Porque essas relações NÃO são imaginárias nem inexistentes, são muito reais e carregadas de emoção.  

Há também equívocos e decepções. Eu particularmente tive poucas. Deve haver quem tenha tido várias, mas ainda não tive conhecimento disso.

O que é importante registrar é que o mundo mudou definitivamente nos últimos tempos. Serão necessárias observações atentas sobre a nova sociedade, sobre as nnovas relações.

Quem sabe não terá sido necessário o surgimento de uma torre, uma tela e algumas ferramentas para fazer com que a humanidade retome seu caminho de convivência, de relações produtivas?

O que posso garantir, ao menos no meu caso é que peço ao universo todos os dias que me dê cada vez mais Amigos Imaginários como aqueles que conquistei!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ensaio sobre a nova amizade

Amigos

Taí uma coisa que todos sabemos do que se trata desde cedo.

A definição muda com o tempo.

Qdo crianças são aqueles com quem brincamos e pronto.

Na adolescência a coisa já começa a mudar. Amigos já não são aqueles que estão constantemente à nossa volta, mas os que estão mais próximos de nosso coração, aqueles aos quais recorremos nos momentos de dúvida  e ansiedade (e são muitos!)

Na vida adulta, eles se tornam mais raros.

Temos muito colegas, mas para alguém alcançar o status de amigo, precisa ser aprovado em alguns "testes" ao longo do tempo.

Me considero uma pessoa privilegiada, pq além dos amigos que fiz adulta, trago comigo vários daqueles que já o eram no final da infância. E isto é fantástico, pois compartilhamos nossa história, sabemos muito uns dos outros, nos conhecemos de verdade. Além disso, há a alegria de ver o convívio dos filhos . É como assistir a um replay de nossas vidas.

Ou seja, são grandes e importantes mudanças.

Aí, qdo tudo parece estável, o mundo muda, e com ele as formas de relacionamento. Surgem as relações virtuais.

E repentinamente vc se pega chamando de amigos, pessoas do outro lado do mundo, que não falam sua língua, que vc nunca viu, mas que acorda pela manhã querendo notícias, tendo algo prá contar, ou estranha a ausência ali, nas poucas polegadas do instrumento que os une.

É fantástico e assustador ao mesmo tempo.

O que assusta são as notícias de golpes e abusos surgidos desses relacionamentos. Mas, tenho prá mim que as vítimas desses fatos, seriam vitimadas também na vida presencial. Sim, pq por mais que alguém tenha o dom de escrever, se observarmos atentamente e por algum tempo suas palavras, conseguimos ter ideia do que são realmente.

Esses relacionamentos com o tempo crescem em importância em nossas vidas, e lá no início das redes sociais, falava-se muito da legitimidade dessas amizades virtuais.

Porém, tenho visto acontecer com muita gente, o mesmo q houve comigo: a aproximação física com amigos virtuais. E aí, a coisa se transforma em algo mais maluco ainda! Me surpreende perceber que o contato previamente virtual, nos faz pular etapas na aproximação real. Olhamos para aquelas pessoas querendo não descobrir, mas confirmar o que "sabemos" sobre elas. Claro que algumas vezes, como na vida real, nos decepcionamos. Mas há as confirmações e as surpresas ao perceber que alguns, que virtualmente não nos atraiam tanto, pessoalmente demonstram que podem ser amigos muito preciosos.

E falo de cadeira! Já venho me aproximando de amigos virtuais há mais ou menos 1 ano e meio. A última experiência foi no último final de semana no Rio Grande do Sul durante o #TwitterMix.

Descobri por exemplo, que não sou atraída por perfis coorporativos, mas que posso me "apaixonar" pelos que estão por trás deles! Que pessoas que no virtual nos parecem sérios demais pelos assuntos que abordam ou pela maneira que falam, podem se transformar em ótimos companheiros de conversas despreocupadas, brincadeiras...

E tudo isso ainda tende a mudar mais ainda. O que será que vem depois? 

Só sei, que teremos que repensar os conceitos sobre amizade, sobre a vida de maneira geral.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Epílogo

EPÍLOGO:





Bom, falei, falei e sei que jamais conseguiria dizer tudo o que gostaria.

Também sei que ninguém consegue agradar a todos.

Só espero que vocês considerem tudo o que disse aqui, que interajam com comentários que acrescentem algo.

E que comecem, considerando a penúltima parte deste trabalho, e não me julguem. Ao menos não me julguem mal. A intenção foi boa.

Agora, se o fizerem, tenham a certeza: sou da paz, busco a paz, mas se você não gosta disso,

Não estou nem aí!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Não Julgarás

NÃO JULGARÁS






Sabe, acho que esqueceram de incluir o “Não Julgarás” aos 10 mandamentos.

Tá certo que as pessoas há muito tempo burlam os 10 mandamentos (ao menos a maioria deles) o tempo todo. E com o 11º não surtiria outro efeito.

Mas julgar alguém é algo muito complexo.

Seria muito melhor que nos limitássemos a pensar, fazer e compartilhar o que temos de melhor.

Se o outro te parece pouco prático, pouco inteligente, pouco capaz, procure considerar que ele está em um estágio de desenvolvimento diferente do seu e que é bem provável que como você o ultrapasse um dia.

E considere também, que se você perder seu tempo, com o dedo em riste, julgando-o, corre o risco de perder o trem da história, estagnar e ser ultrapassado por ele. Aí, vai reclamar, não vai entender o que ou como aconteceu.

Além do que, nem todos gostam de melancia....

Julgar os outros pelo que apreciam, também é uma bobagem.

Você gosta dos filmes de Ingmar Bergmann?

Seu vizinho prefere os da Xuxa?

Então vai cada um assistir ao que gosta!

Vão discutir prá que?

Pense cada um se sente bem com algo diferente.

Ou você procura sua turma e convive bem com as outras ou esse nosso mundo jamais terá a chance de melhorar.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Problema Meu?

COMO PROBLEMA MEU?! QUE GROSSERIA!










Não, não se trata de grosseria. É mais uma certeza.

Você aceita o que quiser, eu também.

Se eu me mantiver no meu caminho, fazendo as coisas de uma maneira que me deixe bem, feliz, contornando eventuais dificuldades ao invés de me degladiar com elas, estarei bem.

Se meu bem estar te incomoda de alguma forma, há algo errado sim, mas com você.

Muitas vezes com medo de sermos rejeitados, adotamos atitudes contrárias aos nossos desejos e aos nossos pensamentos.

E isso só nos traz prejuízos. Vamos nos podando, nos travando,complicando nosso caminho.

Você deve sim experimentar coisas e fatos novos, mas adotá-los definitivamente é uma escolha.

Você pode me questionar quanto a isso, por exemplo, no ambiente de trabalho, onde a hierarquia é necessariamente cobrada.

Sim, ela existe e deve ser respeitada, mas não pode ser vista como uma graduação do que as pessoas são enquanto isso, simplesmente pessoas.

Assim: seu chefe pode te dar ordens a respeito do trabalho, pode determinar como quer que as pessoas se comportem no ambiente, o que cada um tem como tarefa. Normal.

Cada tarefa em uma empresa tem a sua importância. Do faxineiro ao diretor financeiro.

Bobagem? É não....

Deixe o diretor financeiro em casa uma semana (sem ninguém substituindo) e veja o resultado.

Agora, faça o mesmo com o faxineiro.

Garanto que um pequeno caos vai ser instalado nas duas ocasiões.

Então é assim, respeito é bom e todos não só gostam como lucram com isso.

Aliás, isso é uma tendência atual, usar no ambiente de trabalho a tal Inteligência Emocional (af!), termo que acho um horror, uma bobagem, mais uma coisa para qual não deveríamos precisar de uma teoria e um livro IMENSO para perceber.

sábado, 4 de junho de 2011

Vida: Cadê o Manual?

VIDA: CADÊ O MANUAL?









Se ele existisse e viesse acoplado em nossas mãos, no cordão umbilical, ou seja, lá onde fosse não precisaríamos ficar aqui tentando estruturar a coisa!

E é aí que está o grande obstáculo!

Para que tentamos racionalizar tudo?

Não é suficiente saber que há gente no mundo pensando em cada setor da vida? Eles vão criando “mapas” sobre tudo: genética, geografia, artes, alimentos, tudo.

Há também os especialistas no corpo e na alma humana.

Os envolvidos com o estudo do espírito, de possíveis outras dimensões de nossa vida.

E isso é ótimo!

Mas para vivermos em paz, só precisamos não complicar a coisa. Precisamos apenas e simplesmente viver, e da melhor forma possível.

E o que é a melhor forma possível se não sentir-se feliz e em paz.

Falo de paz, que todos conhecem aquela sensação de tranqüilidade de fluidez, de calma.

Quanto à felicidade, não a confunda com euforia. Essa você pode conseguir de várias formas artificiais. Mas ela não tem nada a ver com felicidade, é só um estado alterado de consciência, muitas vezes com resultados péssimos.

Felicidade é um estado interior instalado por sua vontade. É um ser capaz de agradecer pelo que você tem. Do carro zero quilômetro ao dedinho do pé esquerdo!

Sei... você não tem o carro do ano? É eu também não. Mas se o tiver seu mundo estará completo? Tenho certeza que não...

É uma questão de dimensionar as coisas valorizando sentimentos, sensações ao invés de buscar coisas fora de você.

Sei que poucos de nós conseguem dedicar sua vida à contemplação. Há os que vieram para isso,e eu acho que deve ser bom demais. Mas não é o que estou sugerindo!

Digo a você que acorde todos os dias, independentemente das circunstâncias com o propósito de tornar o SEU dia o melhor dia da sua vida.

Nessa hora, seja egoísta sem titubear. E pode ter a certeza de que não estará prejudicando ninguém. Se você estiver no seu melhor dia, fará do dia do outro o melhor também! E isso vai contaminar pessoas por onde você passar, e a satisfação deles recarregará suas energias!

Simples assim.

O resto (conquistas materiais, um amor, o sucesso) virá com muito mais naturalidade.

Ingenuidade minha?

Problema seu, se pensa assim. Estou oferecendo um caminho, como tantos fizeram antes de mim e sem acrescentar nenhuma novidade.... Você aceita se quiser!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Coincidências?

COINCIDÊNCIAS OU O ÓBVIO ULULANTE?











Como eu disse lá no começo, há muita semelhança entre os escritos de várias religiões, na verdade em todas, e nas teorias filosóficas de todo tipo.

É uma pena que cada um queira puxar a “sardinha” para seu próprio lado e com isso os menos avisados passam a vida se debatendo com suas incertezas, embora pudessem resolver questões existenciais diversas com uma leitura simples de textos consagrados, sagrados ou profanos...

Quer ver? Vamos lá:

Na Bíblia:

“São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso, se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” (Mat.6:22-6:23)

No Talmude (Judaísmo)

“Não vemos o mundo como ele é, mas como nós somos” (aprendi com José Luiz Goldfarb)



Sabedoria Tupi (também segundo Goldfarb)

“A beleza está nos olhos de quem vê”

Na Seicho no ie (Kanro no hoou)

“Os sentidos captam senão projeções da mente (...) Tudo que podeis perceber através dos sentidos são projeções da mente e não a realidade prima”

Em A verdade da Vida Vol 22:

“Se a chuva que cai lá fora incomoda a ti que estás dentro de casa, é porque tua mente está presa a ela”

Em “O Segredo”:

“Louve e abençoe tudo no mundo e você dissolverá a negatividade e a desavença e se alinhará com a alta freqüência do amor”

Em “Revelações da Luz e das Trevas” de Luiz A. Gasparetto e Lucio Morigi

“Tudo depende do ponto de vista. As coisas são neutras. De como as vemos é que vai depender o significado, o tipo de experiência que teremos”

No Budismo Tibetano (Dilgo Khyentse Rinpoche)

“Como se manifesta o samsara? Ao tomarmos consciência do que nos rodeia, através dos cinco sentidos, formam-se no nosso espírito múltiplos sentimentos de atracção e repulsa. Não são as percepções em si que nos mantêm no samsara, mas a maneira como reagimos e as interpretamos”.

Budismo Nitiren (Daisaku Ikeda)

“As palavras podem criar tanto felicidade como sofrimento. Procure sempre falar palavras que inspirem autoconfiança, alegria e esperança”

No Astrologia Real (Oscar Quiroga)

“Empreender com alegria o esforço necessário é a marca evidente do espírito. A preocupação que conduz ao desespero é o claro sinal de afastamento do espírito. Isso não acontece, a gente faz acontecer.”

Acho que deu prá entender, não é?

Se quisesse escreveria páginas e mais páginas de textos com o mesmo significado escritos em todos os tempos!

Ainda poderíamos citar palavras que foram passadas de boca em boca ao longo dos tempos por avós, bisavós e que nos dariam a mesma idéia: podemos pintar nosso mundo com a cor que desejarmos.

Eu prefiro um rosa, um azul que transmita tranqüilidade, um branco que dê a idéia de paz.

E você?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MERGULHOS SALUTARES OU DRAGÕES INDOMÁVEIS?

MERGULHOS SALUTARES OU DRAGÕES INDOMÁVEIS?




Diante da mesma situação, as pessoas tem reações diferentes.

Para alguns, enfrentar determinadas coisas é como mergulhar nas águas de uma lagoa morna e transparente.

Para outras, é como ter que enfrentar um dragão.

De onde vem isso?

Mais uma vez, nossa relação com o medo e a insegurança que nos invade aos poucos ao longo da vida pode culminar em distúrbios emocionais sérios e principalmente em uma vida sem realizações.

Reich entre outras coisas demonstrou bem essa situação ao descrever as couraças musculares.

Nas diversas técnicas de relaxamento (como disse anteriormente) e meditação, também é fácil perceber as dificuldades que alguns de nós tem para retomar um ponto de equilíbrio, usar em cada novo desafio o seu potencial total, sem se portar como alguém que já foi nocauteado antes de a luta começar.

A cada nova experiência desagradável vamos nos “encolhendo”, retraindo e tornando nosso corpo mais rígido verdadeiras armaduras de carne. Nossa respiração deixa de ser natural e muda com nossos humores. Muitos chegam à perda total de contato com o próprio corpo, com a própria razão.

Isso traz a perda da autoconfiança exatamente em situações onde ela é mais importante, como em uma entrevista de trabalho, falar em público, fazer algo pela primeira vez.

O fato é que isso é causado pela nossa longa jornada de absorção de “golpes”, agressões emocionais, passos descuidados que tiveram sua conseqüência.

Há dois caminhos possíveis: Ou você enfrenta o dragão, ou mergulha no lago...

Como?

Faça uma varredura na sua história pessoal. Localize onde tudo começou. Veja a situação com seus olhos de hoje!Use as armas que acumulou ao longo do tempo e descobrirá que muitas vezes pode transformar o dragão em um gatinho fofo ou um patinho de borracha para brincar no lago!

Volte ao seu centro. Ouça aquela criança livre que você foi um dia e se for preciso dê a ela as explicações devidas, ela vai entender.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Meus Problemas

MAS, E MEUS PROBLEMAS?











Comece tentando decifrar do que é que você está falando.

Porque na verdade, tendemos a chamar de nosso, problemas alheios.

Uma vez, um paciente que era corretor de imóveis, fez uma analogia entre sua profissão e os relacionamentos amorosos dizendo o seguinte: “Não se pode transformar primeiro andar em cobertura!).

Era o início de seu processo de alta!

Sim, porque esse é um dos pontos chave para quem busca paz e felicidade: não tentar mudar as pessoas.

Somos eternos egoístas, mas o pior é que a maioria de nós nunca se dará conta disso.

Dizemos coisas assim: “só quero o bem da minha família” “quero o melhor para meus filhos” “mostrei a você o melhor caminho”.

E ficamos inconformados quando os alvos de nossas afirmações decidem não aceita-las!

Mas você já se perguntou se o que significa para você o melhor, o correto, o bem, tem o mesmo valor para o outro?

Parou para pensar se ele tem outros planos?

Aí você poderá me dizer: “eu sei que estou com a razão! Tenho experiência!”

Sim, pela SUA experiência, não a do outro.

É a velha história do pai dono de um grande escritório de advocacia que decide que o filho vai estudar direito, mas ele, o filho quer ser engenheiro!

Não há o que discutir, esse pai quer algo que agrada a ele mesmo, egoísmo puro.

E vamos vivendo de nossas ilusões, criando roteiros com começo meio e fim para os que nos cercam. E no primeiro desvio de rota que cometem consideramos uma injustiça, uma ingratidão e alguns chegam a decretar o fim de sua própria felicidade com tamanha desilusão! E passam a viver reclamando o tempo todo, com uma aura de infelicidade permanente que contamina qualquer ambiente. Acusando a tudo e a todos pelos estragos em sua vida.

Sinto muito, não é verdade.

A responsabilidade é só nossa.

Ofereça o que tem de melhor para quem quiser, mas o outro, aceita somente se quiser!

Melhor ainda quando há uma troca, onde cada um compartilha o que tem de bom e todos ganham.

Pense bem. Se acordássemos para essa realidade evitaríamos muita ansiedade, muitas decepções.

Afinal, se eu deixar o outro seguir seus próprios caminhos sem criar expectativas minhas, não tenho como me decepcionar, porque não vou esperar nada dele! Enquanto ele vive a sua vida, viveremos a nossa, colaborando sim, mas sem interferências, críticas ou cobranças.

Outro grande problema chama-se arrependimento.

Como envenena a vida das pessoas!

Pense um pouco. O que você consegue com arrependimentos?

Apenas mais sofrimento...

Ainda quando nos arrependemos por algo que fizemos podemos tentar consertar as coisas, melhorá-las, compensar...

O pior é o arrependimento pelo que deixamos de fazer! Este sim traz na bagagem uma infinidade de ilusões e munição para atacarmos aqueles ou aquilo que nos impediu de experimentar algo.

Como saber qual teria sido o resultado? Angústia total!

Precisamos ser mais tolerantes com nossas falhas. Vivemos pregando o perdão ao próximo, um ato de caridade.

Porque então não sermos capazes de perdoarmos a nós mesmos?Pense bem, o que você disse ou fez daquela vez era o caminho certo naquele momento, naquela circunstância. Não exatamente um erro, mas uma nova lição.

Responsabilize-se por seus atos e então dê a você mesmo a benção do perdão e verá como a vida transcorre mais leve e consequentemente mais produtiva

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Criança Interior

A CRIANÇA INTERIOR








Eis aqui, um termo que esteve muito na moda a ponto de ficar desgastado e fazer com que muitos torçam o nariz ao se deparar com ele.

Mas, ele vai ser sempre importante para todos nós, basta termos coragem para encará-lo.

E encará-lo significa enfrentar toda a nossa vida! Rever todos os nossos passos! Reconhecer desvios e traçar novas rotas, muitas vezes dependentes de “retornos” à estrada inicial.

Quando inicio um trabalho terapêutico ou work shops em que pretendo usar técnicas de meditação, sempre peço às pessoas para observarem um bebê dormindo. Tudo neles é diferente de nós. Os movimentos respiratórios são muito mais harmônicos. E esse é só um indício de que nos afastamos de nós mesmos!

Reveja o “filme” da sua vida. Como você era aos 5, aos 10, aos 20?

Como você lida com as mesmas coisas hoje?

Claro que você vai dizer que é tudo muito diferente hoje, que as coisas mudaram com o tempo.

Sim, outros tempos, novas ferramentas adquiridas, mas no fundo aquela criança ainda está lá. Tenha certeza e aventure-se a observá-la para saber o que você tem negado a ela!

Observe também se sua tristeza, angústias, dúvidas ou mau humor atuais não são reflexos da “birra” da sua criança!

Experimente! Você vai se surpreender.

Mas não estacione nas birras não! Preste atenção também (ou até mais) às coisas boas que sobraram dela! E use-as com mais freqüência!

É sério! Faça coisas aparentemente malucas como brincar na balança do parque (nem que depois tenha que fugir do vigia), compre um sorvete, um pirulito, cante e dance quando der vontade, dê abraços e beijos inesperados em quem você ama, esqueça de vez em quando regras de etiqueta!

Regras são válidas, mas há exceções: de momentos! Quebrá-las pode ser salutar!

Você verá que o prazer é imenso!

Vai parecer maluco?

Como assim? Deixe que pareça! O que importa é como você se sente!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Felicidade

FELICIDADE! ONDE ESTÁS QUE NÃO RESPONDE?









Se há um ser que nos criou, que todos chamam de pai, não deveríamos acreditar que ele quer nosso bem?

Agora, qual pai, mesmo o divino, pode fazer tudo pelo filho?

No máximo pode oferecer ferramentas, mas usá-las é tarefa individual.

Vocês já notaram pessoas que nos parecem com a vida ganha, que tem tudo o que se pode querer, mas vivem lamentando? Ou então com um discurso sobre a inevitabilidade do sofrimento, da luta constante na busca de seus objetivos? Aquelas que decretam que tudo é difícil, complicado?

Notaram também aquelas que apesar de terem muito pouco, acumularem situações das quais fugiríamos estão sempre bem, com um sorriso no rosto, levantando e indo em frente?

Pois é. O que é felicidade? Onde podemos encontrá-la?

Experimente acordar um belo dia e dizer: Sou feliz. Mas diga com convicção, com vontade mesmo. Claro que muitos vão se sentir ridículos. Mas pense... de onde vem sua resistência? Alguns dirão que serão felizes quando encontrarem o grande amor de sua vida, outros quando tiverem uma quantia x de dinheiro ou adquirirem determinado bem material. Há também, aqueles que por sofrerem com uma doença incurável dirão que não podem ser felizes com ela. E o pior de tudo: os que se consideram incapazes de felicidade por estarem sós.

Tudo errado. Sério!

Quer ver?

Grandes amores, só trazem a felicidade se você for feliz. Quem se sente bem ao lado de alguém eternamente insatisfeito ou que só vê a felicidade lá na frente, dependente de alguma outra conquista?

E o pior é que essas conquistas nunca serão suficientes. O que elas nos proporcionam é uma alegria momentânea, mas logo a seguir, desejaremos outras coisas e assim muitos passam a vida, de galho em galho, de etapa em etapa sem nunca chegarem a tal felicidade.

As doenças são um caso mais complexo. O grande medo é o da morte. Mas isso é a única certeza que temos. Todos vamos morrer, e não temos como escolher as circunstâncias. Porque fazemos da morte então um grande desastre? Porque nos surpreendemos tanto?

Tá certo, eu também tenho dificuldades com as perdas. Todos temos.

Mas não podemos nos enganar dizendo que o que sentimos é pelo que se vai (ou no caso do doente terminal, pelos que ficam). O sentimento em questão tem outro nome: egoísmo. Queremos as coisas do nosso jeito. Só que com a morte, esse pensamento não funciona.

Quanto aos doentes, posso falar de carteirinha, convivi com muitos deles como estagiária em um hospital no setor de oncologia. Foram experiências incríveis. A maioria de muita tristeza. Mas posso garantir que há aqueles que optam pela felicidade no tempo que lhes resta. E isso apesar das dores, dos efeitos dos medicamentos, de tudo. Quando a pessoa decide que quer ter o melhor nos seus últimos tempos, ela só tem a lucrar com isso, e lucram também os que estão à sua volta, tenham certeza disso.

Por fim, os mais equivocados são aqueles que se dizem infelizes por serem solitários.

Todos somos sozinhos. A companhia alheia é um complemento agradabilíssimo, mas não é condição para sermos felizes.

Se não estivermos bem em nossa própria companhia, ninguém estará. Se não nos bastarmos e não nos amarmos, ninguém será capaz de fazer isso por nós.

Sobre essas questões, posso citar as palavras de Chico Xavier em seu livro Ideal Espírita:

“-” “Se você sofreu prejuízos materias a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.”

- “Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática junto a outros amigos”

-“Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.”

- “Se você praticou um erro o desespero é porta aberta a faltas maiores”



O que estou querendo dizer ao reproduzir essas falas?

Que você deve deixar o mundo cair na sua cabeça e fazer de conta que nada está acontecendo como não reclamar de perdas materiais ou afetivas, perda de oportunidades, ou ainda não dar bola para arrependimentos?

Não é bem isso. Trata-se da necessidade de se refletir sobre essas palavras!

Ficar parado reclamando das perdas materiais vai te dar o que? Nada, com certeza. No máximo desânimo e menos condições de recuperar o que é seu.

O ideal é seguir adiante, buscar novos meios de alcançar o que quer ou investir naquilo que você já faz com força e determinação.

Chorar por uma afeição perdida dará aos que estão à sua volta uma imagem e uma sensação tão desagradáveis que podem afastá-los de você. Claro que em alguns momentos queremos o carinho e a atenção dos amigos, mas já vi gente chorar e reclamar o fim de um relacionamento por anos à fio! Aí, ninguém agüenta!

Além disso, será que não dá prá focar nos momentos e nas experiências felizes que você teve no relacionamento terminado? Pense bem! Foram experiências valiosas e muitas delas te trouxeram ótimas sensações, não foi? Se agir assim, você diminui a angústia, abastece sua vida de ferramentas para lidar com novas relações que com certeza vão surgir. Ou você é capaz de negar que o ser especial em que acredita tem ótimos planos para você?

Certa vez, Jô Soares fez uma declaração interessante. Disse que quando alguém lamentava que seu casamento não tivesse dado certo ele respondia: Como assim? Deu certo sim, por 20 anos!

Quando deixar uma oportunidade passar, ao invés de se desesperar, aprenda e não perca as próximas! Reclamar, lamentar não vai fazer o tempo retroceder e permitir que você aja de forma diferente!

Cometeu erros? Tente repará-los, admita-os, mas na maioria das situações, se você parar para pensar verá que não foram erros, mas aquilo que você pensou ser o melhor a ser feito ou dizer naquele momento, naquelas condições. Então, perdoe-se.

Auto condenações o levarão à busca de penitências, de pagamentos! Perdoar-se te dará liberdade e com ela a possibilidade de seguir novos e melhores caminhos!

Você pode alegar que só Deus (ou o nome que queira dar), pode perdoar. Mas veja bem. Ele não quer o seu bem? Então porque não te daria os meios para continuar? Porque e para que iria querer que você passasse dias da sua existência travado em lamentações.

Tenho muita experiência com pacientes deprimidos. Garanto a vocês que na maioria dos casos, a depressão os acometeu por terem sido contrariados.

Temos o péssimo hábito de projetar-nos outros nossas expectativas. Imaginamos que o filho será assim, o marido assado, a amiga deverá reagir de tal forma.

Quando as pessoas tem reações diferentes da que esperamos, entramos em um estado de decepção total, nos frustramos e a depressão se instala.

Com a tal falta de perspectiva acontece o mesmo. De quais perspectivas falamos? Falamos daquelas metas que traçamos para nossas vidas. Mas existem outras possibilidades sabia? Que tal encontrá-las?

Isso na verdade Foi o que fizeram muitas pessoas cujos casos tornaram-se conhecidos de todos.

Um dos casos mais famosos no mundo todo foi o de Nelson Mandela. Os anos de prisão, não fizeram com que desistisse de seus planos.

Quantos casos conhecemos de pessoas que foram combatidas a vida inteira sem nunca desistirem de seus propósitos? Na verdade, todas elas estavam defendendo o que levavam no coração, na alma, as maiores fontes de nossa força.

Fazer apenas aquilo que nos determinam quase nunca nos traz bem estar.

O que nos dá uma sensação de plenitude é a conquista do que realmente nos dá a sensação de alívio, de prazer duradouro. E isso dificilmente vem de coisas materiais ou de disputas acirradas que em pouco tempo “perdem a graça” e são substituídas por outras.














































quarta-feira, 20 de abril de 2011

Medo e Resignação

MEDOS E RESIGNAÇÃO:


A diversidade religiosa e filosófica disponível por aí, ”no ar” captadas pela mente coletiva, influencia a todos independentemente da linha de pensamento que você adotou.

Em uma observação simples, é possível percebermos que o respeito desejado pelas religiões, na verdade é captado pela maioria das pessoas de uma outra forma: o medo.

E o medo paralisa mais do que correntes.

E temos a tendência não só de estabelecê-lo em nossas ações como de incuti-lo naqueles que estão sob nossa responsabilidade, com o intuito de educar.

E temos medo de que?

De praticamente tudo. Da doença, dos perigos reais e imaginários, do julgamento social, de perdas, de situações que poderiam acontecer da velhice, da morte e especialmente do julgamento divino.

Aliás, nada é mais assustador do que imaginar que há alguém em algum lugar fazendo anotações no caderninho preto sobre todas as bobagens que você faz na vida...

Disse assustador? Para a maioria sim. Para outros não, mas no mínimo é inconveniente. Um big brother universal...

Será que o cara teria tempo e interesse nisso mesmo? Acho que não. Ele ficaria maluco com tantas travessuras!

A não ser que tenha assessores...

Mas não quero ser apedrejada por questionar essas coisas.

Fico com a corrente que diz que o cara está em nós, ou aquela que chama isso de energia universal. Ou ainda que somos todos partes do Uno. Parece-me mais viável.

Sei que a fé, dá muita força às pessoas. Hoje em dia até os médicos antes tão céticos acreditam nisso.

Tive amigos e parentes ateus. Todos muito inteligentes. Mas quando o bicho pega, as coisas se tornam mais difíceis é duro não ter ao que ou a quem recorrer.

E será que é preciso alguém lá não sei onde prá fazer algo por nós ou o que tentamos é fugir da responsabilidade por nossos feitos e pensamentos?

Nisso, gosto da ideia do livre arbítrio, me parece mais madura.

Enfim, independente da fé em Deuses ou não, o certo é que não há muitas diferenças entre os mandamentos de todas as religiões, e há muita similaridade entre elas e as normas de convivência social.

A pergunta maior é: O que almejamos?

Tá, todos queremos dinheiro, saúde, amor e se possível beleza, sucesso, reconhecimento e outras coisa.

Mas no fundo, a busca é pela tal felicidade, certo?

Então porque tenho a impressão que as pessoas se esforçam tanto para serem infelizes?

E aqui cabe um parênteses: pessoas que me conhecem melhor, pessoal ou virtualmente podem questionar as coisa que vou dizer daqui prá frente. É que como todo mundo, já passei por fases baixo astral também. Só que depois de tantos anos de busca e graças à ajuda de amigos mais convictos sobre as descobertas feitas, deixei de ser cética e teimosa e passei a deixar a coisa fluir sem resistência. E pasmem, descobri o óbvio! Funciona.

No meu caso, o fato de ter feito Psicologia e viajado por tantas religiões diferentes complicou a coisa. O excesso de informação religiosa somado ao conhecimento da ciência da alma entram em um conflito inevitável quando na verdade nem deveriam ser confrontados.

Muitos me influenciaram, especialmente Massaharu Taniguchi da Seicho no ie, Kardec, todos os pensadores da Psicologia e da Psicanálise, em especial Jung e Rogers, e um ex colega de profissão, que a deixou, aliás, pela pressão sofrida por suas afirmações espiritualistas, Luis Antonio Gasparetto.

Resisti imensamente, como muitos a coisas do tipo “O Segredo”, mas, quando voltei a ser um ser menos crítico, parei prá ver, e constatei o que muitos sabem. Não há novidades ali, o que eles dizem é o básico. A diferença fica por conta da super produção tipicamente norte americana que deixa tudo com uma cara meio marqueteira. E claro, tem sempre como objetivo, o lucro.

E eles estão errados? Claro que não!

Prá ter dinheiro, você tem que se penitenciar?

O lance, como já dissemos, não é a felicidade?

Então vamos à pergunta:(continua no próximo post. A pergunta? : Felicidade, onde estás que não responde?)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

7 OS CAMINHOS DA FÉ

OS CAMINHOS DA FÉ:





 


 





Fé significa a confiança, a crença, o acreditar em algo que não se pode provar. Algo que não é possível materializar ou encaixar-se no princípio científico básico de possibilidade de repetição absolutamente idêntica e controlada de uma determinada situação ou fenômeno.

O maior alvo da fé humana está no conceito de Deus.

Não há nada no mundo mais capaz de criar confusões e grandes discórdias, do que tentar discutir este conceito.

Mas é preciso lembrar, que além da fé, existe uma possibilidade menos ferrenha: o acreditar. Pode-se não ter a fé em si, aquela coisa indiscutível e inabalável, mas pode-se acreditar na possibilidade da existência de algo.

É mais ou menos a situação das pessoas que acreditam ou não na existência de “ETs”. Não há ainda nenhuma prova da existência de formas humanóides em outros planetas ou galáxias, mas muitos alegam ter tido visões ou contatos reais com seres assim. Eu, pessoalmente, costumo dizer que só vou acreditar no dia que acontecer comigo! Mas isto não significa que estou duvidando daqueles que afirmam ter passado por esta experiência. Dizer que duvido do que eles dizem, seria como duvidar dos relatos de viagem de alguém a um lugar que eu desconheça.

Outro aspecto controverso sobre Deus é a questão do antropomorfismo. Aqui, a influência das escrituras é grande. Há o registro de que Deus criou o homem sua imagem e semelhança. Esta inscrição levou a maior parte da humanidade a ter uma imagem de Deus como um ser igual, com as mesmas características do ser humano. E do sexo masculino.

Algumas religiões, politeístas, tem figuras divinas representadas por homens, mulheres e até por animais. E seus seguidores tem fé.

Outros tem fé nos princípios de uma determinada orientação filosófica e não em um representante todo poderoso.



Alguns vêem em Deus um ser ditatorial, outros de extrema benevolência.

Respeitam-se as figuras de Buda, Mohamed, Abraão, Krishina e milhares de outros seres chamados divinos, dependendo da cultura e da religião de cada parte do planeta.

Sem dúvida, um dos seres divinizados mais importantes foi Jesus Cristo. Mas cabe lembrar, que Cristo entre todos os outros que despertaram a fé humana, foi o que esteve entre nós em tempos mais recentes. Assim, não nos é possível ignorar, que suas palavras e ações, derivavam de outros tempos e seria mais lógico que os Cristãos, arrefecessem sua postura de donos da verdade.

Calma, não precisam me arrastar para a fogueira. Meu foco aqui é só lembrar pequenos pontos essenciais para compreendermos nosso comportamento, sempre buscando uma forma de nos guiarmos para o caminho da felicidade pessoal e da paz no mundo.

O que é preciso entender, é que as religiões nos ditam normas, que por conseqüência de nossa fé na instituição e no Deus que ela representa (independente do nome que ele tenha prá você), adotamos e procuramos obedecer. E isso vem de longuíssima data.

Algumas religiões são há séculos mantidas na forma original, sem “atualizações”.

Outras, na busca de facilitar a convivência dos fiéis nas condições do mundo atual, vão fazendo alterações ao longo dos tempos, mas mantendo sua essência original.

Voltando à derivação das leis humanas, quem não se lembra de já ter visto um réu ou uma testemunha fazer um juramento sobre a Bíblia? Aquilo significa uma “garantia” de que somente a verdade será declarada. Esse fato demonstra a importância da fé em nossa sociedade.



quinta-feira, 14 de abril de 2011

5 A Busca de Repostas

A BUSCA DE RESPOSTAS:






Nossa história passou por momentos díspares.

Fomos bárbaros, nos “domesticamos” aos poucos e descobrimos valores novos como as artes, o amor, a solidariedade, não mais de forma instintiva, mas já com alguma sofisticação racional. Passamos pelas trevas da Idade Média, pelo Iluminismo. Em todas as fases pelas quais passamos muito se definiu em relação às leis, às aptidões desenvolvidas por cada povo, à sua capacidade de produção e especialmente em relação à sua capacidade de competir e vencer.

Às vezes penso que nos perdemos na tal competição, seja ela por que objeto for, e deixamos de perceber, que quando alguém ganha, outro perde. Portanto, sempre haverá alguém insatisfeito com a própria condição.

O homem tornou-se então cada vez mais angustiado, insatisfeito e violento.

Se dermos um grande salto até nossos dias, teremos a certeza de que algo está muito errado.

Por que tanta violência, porque tanta gente deprimida? Onde foram parar o romantismo, a amizade, a convivência harmoniosa que tanto aquece nosso coração?

Muitos trabalharam no sentido de diminuir as angústias da humanidade, tentando compreender seus mecanismos psicológicos e criando métodos para reequilibrar suas emoções.

Freud levou a psicanálise ao conhecimento de todo o mundo. Suas teorias eram muito bem definidas e estruturadas mas de difícil compreensão para aqueles que não eram “do ramo” Sua linha de atuação era complexa e os tratamentos levavam anos para uma conclusão, que seria alcançada em uma catarse definitiva. Nunca foi um trabalho acessível para todos pelo valor cobrado pelo tratamento. Suas teorias influenciaram muitos outros estudiosos, mesmo aqueles que entraram em conflito com suas ideias.

Freud valorizou muito o relacionamento entre pais e filhos, a sexualidade, os traumas e os mecanismos de defesa. Fez um trabalho inestimável.

Jung foi outro grande pensador, que acrescentou muito conteúdo ao estudo do emocional com a interpretação dos símbolos e os estudos dos arquétipos. Em minha opinião, sua descrição do Inconsciente Coletivo tem uma importância absurda para a compreensão do ser humano na sociedade

Reich e sua bioenergética trazia à luz, as ligações entre corpo e mente as couraças musculares.

Temos também Rogers, meu favorito, que nos deu o estudo do “Self” cujo trabalho, foi muito estruturado na formação do indivíduo através de suas experiências de vida e por seus relacionamentos.

Moreno e o Psicodrama nos deu a compreensão plena da observação dos papéis que desempenhamos na sociedade.

Mais recentemente, a chamada Psicologia Cognitiva, vem ganhando uma grande importância, por ir direto ao cerne das questões apresentadas pelos pacientes. Trabalha principalmente fobias, questões de aprendizagem e é muito importante em psicologia organizacional. Sua capacidade de estudo da memória, do aprendizado, do raciocínio e da criatividade vem sendo cada vez mais utilizada.

Infelizmente no Brasil, o tratamento psicológico, ainda é interpretado de maneira equivocada. A maioria das pessoas ainda vêem a psicologia como “tratamento para loucos”. Também enfrentamos o descaso de muitos médicos, especialmente psiquiatras, que não tendem a indicar o tratamento psicoterápico (que trabalharia em soluções da causa do problema) como um parceiro essencial ao tratamento medicamentoso que apenas (na maioria dos casos) cuida de atenuar os sintomas.

Hoje, as novas relações sociais proporcionadas pelas redes sociais, que acabaram com as distâncias geográficas e aproximaram pessoas de todo o planeta, nos traz um novo campo de estudos de extrema importância. Com certeza surgirão novas espécies de relacionamentos, de sentimentos e também novos desequilíbrios.

Também conhecemos lá pelo final dos anos 70, começo dos 80 as teorias da Programação Neurolinguística (PNL), que derivou do estudo dos aspectos que unem corpo, mente e linguagem na criação de padrões de comportamento. O Brasil teve um grande expoente na área, Dr. Lair Ribeiro com muitos livros publicados sobre o assunto.

Isso prá deixar para outro momento os comentários sobre uma teoria que lançou vários Best Sellers mundo à fora: A Terapia de Vidas Passadas.

Até aqui, falamos de ciências humanas.

Existiram muitas outras fontes que pretenderam não só desvendar o comportamento e as emoções humanas, como também colocá-las “nos trilhos”

Nesse caminho, não nos é possível ignorar a importância das religiões e de filosofias diversas (em especial as orientais) na busca do equilíbrio emocional humano, ou ao menos sua forte responsabilidade sobre as decisões tomadas por seus seguidores, com base em seus dogmas e orientações.







segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tentando Entender

Tentando Entender











Estamos neste planeta há bilhões de anos.

Hoje, existem milhares de trabalhos científicos que “descrevem” os primórdios das relações humanas. São informações conquistadas pelos trabalhos de arqueólogos, antropólogos, paleontólogos, baseadas em descobertas de fragmentos de peças utilitárias, desenhos rupestres, ossadas e outros detalhes.

Pode ser uma total ignorância de minha parte, ou excesso de ceticismo. Sei que essas ciências tem seus métodos, cada vez mais sofisticados. Mas o que me deixa em dúvida é nossa capacidade de interpretar os achados. Nos baseamos em que exatamente? Talvez alguém da área venha a me explicar nos comentários desta publicação.

Fico imaginando alguém que daqui a 100 mil anos venha a fazer uma pesquisa nos sítios arqueológicos que sobrarem de nosso tempo. O que encontrarão? Provavelmente serão milhões de latas de cerveja e coca-cola, cartazes e luminosos com uma enigmática inscrição: Mc Donald’s!

Como irão interpretar esses vestígios?

Eu, leiga, se encontrasse a quantidade de cervejas, cocas e luminosos que citei, garanto que interpretaria esses itens como sendo algo de uma importância vital para nossa civilização. Seu meio de auto sustentação ou coisa assim.

Até que não estaria totalmente errada, mas a superficialidade, a banalidade seriam inevitáveis.

Brincadeiras à parte sabemos que no início, os homens aproximaram-se, formando pequenas comunidades por uma questão de sobrevivência. Ajudavam-se mutuamente na lida com as ameaças, na busca por alimento, na manutenção da vida comum.

A natureza ditava as normas. Dia e noite eram determinados por uma estrela e um satélite, que como outros elementos naturais (chuva, raios, trovões) eram vistos como algo a ser respeitado e temido. Em algum tempo, passaram a serem idolatrados como deuses.

Isso perdurou por muito tempo, e ainda hoje há comunidades pelo mundo que assim procedem.

A questão é: até então, ao que parece, tudo “funcionava a contento”.

O homem evoluiu, as religiões surgiram e foram estruturadas.

Ao longo dessa evolução, as sociedades foram se organizando em torno de conceitos muito influenciados por elas.

Muitas delas foram base para a criação de leis, e como vocês sabem, ainda hoje no século XXI há Estados regidos por normas religiosas.

As religiões foram a fonte de inúmeros conflitos mundiais.

Não só as instituições é claro, mas as pessoas envolvidas com seus preceitos.

Em nome delas, pessoas foram sacrificadas, terras invadidas, insanidades justificadas.

Em torno de cada comunidade, além da religião, hábitos regionais, manifestações da produção de cada grupo no campo do fazer (trabalho, alimentos, ferramentas) e no do criar (pintura, música, dança) foram sendo solidificados e transmitidos à princípio de boca em boca até o advento da possibilidade do registro gráfico, dos livros, através dos diversos idiomas conhecidos.

Deste modo, criou-se a cultura de cada povo.

E como há diferenças culturais!

Há até manuais de comportamento para orientar pessoas que viajam para localidades de cultura muito diferente da sua.

Eles falam de coisas como: o luto é representado pelo preto no ocidente e pelo branco em parte do oriente. No Brasil você cumprimenta pessoas com beijos e abraços, mas não vá fazer isso no Japão! Não ofereça carne suína para muitos povos e não obrigue outros a comer formigas e escorpiões, mesmo que você os tenha visto comendo preás...

Enfim, a diversidade cultural, nos levou a viver lado a lado com normas, conceitos, percepções e regras absolutamente opostos.

Os conflitos foram surgindo e ao passo que a humanidade se desenvolvia, ao invés de criarmos formas pacíficas de convivência e respeito, mais e mais conflitos foram surgindo. Fossem por choques culturais ou por uma busca desenfreada pelo acúmulo material, esses embates trouxeram ao homem em geral uma angústia que cresceu a cada minuto e culminou nos dias de hoje em um quase total descontentamento, um desequilíbrio emocional que atinge a pessoas de todas as idades, muitas vezes sem que elas mesmas percebam que estão com problemas.




domingo, 10 de abril de 2011

Mais Paz e Tal

MAIS PAZ E TAL

Olá Pessoas
A partir de hoje, e com alguma regularidade (rsrsrs) passo a publicar uma série de postagens.
Espero que gostem e comentem!











Índice:

2 ..............................................................Prá começar

3...............................................................Tentando Entender

5 ..............................................................A Busca de Respostas

7 .............................................................. Os Caminhos da Fé

9 ...............................................................Medo e Resignação

11 ...............................................................Felicidade, Onde Estás que não Respondes?

15 .............................................................A Criança Interior

17 .............................................................Mas, E Meus Problemas?

19 ............................................................Mergulhos Salutares ou Dragões Indomáveis

20 ..............................................................Coincidências ou o òbvio Ululante?

22 .............................................................Vida: Cadê o Manual?

24 ...............................................................Como Problema Meu Que Grosseria!

26 ...............................................................Não Julgarás

27... .............................................................Epílogo

Para Começar:

Este trabalho é fruto de anos de observação sobre as pessoas teorias, filosofias e religiões.

Ele não tem a pretensão de ser definitivo e nem de conter a verdade universal, algo que duvido que um dia alguém possa declarar.

Minha viagem pelo mundo das ideias espirituais, sobre a emoção, sobre o viver em paz, começou muito cedo.

Nunca soube direito o que motivou meu interesse, e por decisão pessoal, que reflete a busca pela paz com a vida, não procuro descobrir. Apenas vivo e prossigo na “curiosidade”.

Algumas das ideias expostas aqui podem chocar algumas pessoas.

Porém, quero deixar claro, que não há a intenção de criticar nenhuma linha de pensamento. O que pretendo fazer é demonstrar suas similaridades e seus efeitos na vida das pessoas.

E esses efeitos também podem criar polêmica, já que será possível constatar que alguns conceitos arraigados especialmente entre os educados sob a orientação da moral judaico-cristã que orienta nossa sociedade nem sempre nos trazem benefícios pessoais.

Evitarei identificar pessoas e locais específicos, cumprindo apenas a obrigação ética de apontar os créditos.

Também não haverá um rigor científico ou literário porque o texto não é um trabalho acadêmico ou comercial.

Anseio por um mundo onde viver e principalmente conviver seja algo prazeroso e não fonte de conflitos incontroláveis. E esta ideia leva a primeira citação: John Lennon em Imagine: “You may say I’m a dreamer, but I’m not the only one”.

Enfim, busco apresentar um painel de registros pessoais não à panacéia universal.

Vamos lá!