Tenho 42 anos, sou divorciada, meu único filho vive hoje na Nova Zelândia.
Não me arriscaria a dizer que sou perfeita (mulher nenhuma pensa assim), mas gosto de mim com todos os excessos e faltas que percebo.
Sou arquiteta, portanto, mais atenta ao belo que ao cálculo.
Não tenho pais ou irmãos, mas tenho muitos amigos "reais" e virtuais.
Os reais dizem que sou infantil e que eu deveria mudar.
Dizem que lá pelos 40 deveria ter "caído na real", que não cabem mais reações exageradas diante de qualquer coisa, que deveria ser mais contida.
Dizem que deveria cortar os cabelos, usar cores menos vibrantes, ter uma postura mais séria em reuniões de trabalho.
Dizem também que eu deveria me casar de novo ou achar alguém que me fizesse mais tranquila ao invés de viver com os olhos brilhando de paixão ou com lágrimas pelo fim de um romance.
eu, tenho certeza de que todos eles estão errados.
Me digam: pra que ou por quê eu deveria me conter diante de uma belíssima paisagem ou de uma bolsa espetacular? um enorme bolo de chocolate?
Por quê eu deveria reprimir minha paixão pelo galã da novela e deixar fluir minha imaginação fazendo planos para nosso "relacionamento" se isso termina ao final do capítulo?
Um novo marido? É, poderia ser bom mas não a salvação como imaginam. Afinal, não estou em perigo, portanto não preciso ser salva...
Meu amor pelos amigos virtuais incomoda?
Oras! Ou isto é ciúme ou incompreensão.
Afinal, meus amigos virtuais são providenciais! Estão sempre à postos.
Como não amar a possibilidade de ter respostas, um carinho ou apenas uma boa conversa em qualquer uma das 24 horas do dia?
Sou infantil? Ajo como criança?
E o que é ser criança?
É amar e odiar sem subterfúgios.
É sorrir e chorar sem disfarces.
É vivercadamomento em sua plenitude.
É não ter dúvidas, apenas curiosidades.
É buscar respostas.
É não ter preconceitos.
Enfim, é ser Clara.
Muito prazer.
A Maturidade nos ensina.
ResponderExcluirEu no passado julguei, e como não poderia deixar de ser, julguei errado, pois a mim não cabe o papel de juiz. Por um juizo de valor errado, deixei até de "sentir" a beleza de uma voz, me privei da leitura de um bom livro, ou mesmo reneguei o valor de um grande pensador, perdi a incrível oportunidade de amadurecer a minha visão sobre a vida, negligenciei a minha evolução, obscureci a minha mente, me revesti de um pré-conceito impensado, imaturo, insano. Perdi tanto, que hoje me nego a perder mais, hoje, eu me privilegio do pensamento livre, vivencio todos os aspectos da vida sem o julgamento, apenas aceito que todos podemos e devemos ser o que somos, respeitando apenas o limite entre o meu e seu direito. Hoje não deixo mais de ouvir de ler de ver, apenas porque não esta em consonância com a minha visão de vida, ou a de outros, por que aprendi; que aprendo com outras formas de visão ver e vivenciar, cresço e evoluo.
Clara! Adorei teu jeito de ser. Penso de maneira muito semelhante a ti, portanto, recebo críticas severas! Quando eu crescer, vou ser assim como tu és para que eu possa ter minha alma "clara"!
ResponderExcluirOlá Patricia!
ResponderExcluirTransgredir o senso comum é o caminho para encontrar a felicidade.Agir de forma que satisfaça o interior,mesmo com a reprovação da maioria e seus padões, é o caminho mais curto de se encontrar consigo mesmo. Afinal " Liberdade é quando nossas atitudes, estão de acordo com os nossos pensamentos."
Como temos vivido na pseudo liberdade,quando nossas ações é escravizada pelos que os outros entendem que deveríamos nos comportar de tal maneira.
Como somos agraciados com seus textos.Depois de cansado pelo deserto estafante de nossa existência, encontramos nos seus texto o oásis que nos refresca do calor do dia.
Muito boa a colocação da Clara. Mulher fascinante e de postura.
ResponderExcluirTodos devemos seguir o exemplo de Clara. Ser o que realmente queremos,sem nos importar com os demais.
Infelizmente existe muita cobrança da socidade, mas devemos viver cada momento como único.
Prazer Clara.