Depois de muito tempo cá estou para falar do interminável 2016
Que ano de enlouquecer!
Quanta gente sem emprego, quantos funcionários públicos sem receber salários.
Se não bastassem as dificuldades econômicas vivemos grandes traumas éticos.
Como permitir que os que nos governam tenham uma postura tão degradante?
Houve grandes perdas também. Ídolos e personalidades muito queridas nos deixaram.
Muitas vezes as montes!
Convivemos passivamente com o drama de milhares de vítimas do terrorismo, de refugiados, de vítimas de um sistema de saúde de mentira.
Vimos chegar ao poder gente desequilibrada e potencialmente perigosa.
O que aprender de 2016?
Talvez, que somos os únicos responsáveis por tudo o que acontece no mundo.
Se deixarmos de lado as manchetes dos noticiários, encontraremos muitos fatos positivos.
Mas tudo leva a crer que a maior crise que vivemos é a da educação.
Não a educação formal, escolar, mas aquela dada em casa, na comunidade, nos nossos grupos de convivência.
Não podemos mais adiar um trabalho conjunto de formação de nossos jovens e de um chamamento à razão aos mais velhos.
Um chamamento para que façamos uma revisão de nossos valores.
De que precisamos desenvolver muitas ações para que se valorize mais o respeito, a ética e a cooperação ao invés de superestimar o valor do dinheiro e do status.
E só os adultos tem força suficiente para fazer isso. Será que somos capazes?
A tragédia de Chapecó trouxe a nós uma grande lição vinda da Colômbia e sua demonstração de solidariedade, carinho e apoio.
Foi lindo o "jogo" que não aconteceu...
Será que não podemos aprender com isso?
Será que dali não podemos buscar um caminho para nossos próximos passos?
Não sei, só esperando para ver. Afinal, cada dia mais os fatos bons ou ruins desaparecem de nossas memórias como mágica.
Tudo é muito fugaz.
Só não se esqueçam de que a vida também o é.
Um sopro que passa rápido.
Desejo à vocês que as reuniões de fim de ano valorizem a amizade, celebrem o amor e não se transformem em momentos de fofocas e comparações sem sentido.
E que no ano novo tenhamos como objetivo nos tornarmos aquilo que somos, apenas pessoas.
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