No #Ciniciência do MIS (atividade mensal que une ciência e cinema no Museu da Imagem e do Som de SP)de hoje, 07/12/14, entre muitas falas sobre o filme O 5º Poder, falou-se sobre a frase que José Luiz Goldfarb costuma usar em suas despedidas nas redes sociais:
"Não vemos o mundo como ele é, mas como nós somos"
Se pesquisarmos por aí veremos que a frase traduz o sentido de mutas outras existentes em culturas diversas.
E o significado dela é presença constante no exercício da filosofia, da sociologia, da psicologia e em todas as áreas que buscam compreender o homem e suas relações.
A debatedora convidada, a jornalista Rosana Hermann, nos lembrou também da ideia tão conhecida por todos do significado que damos ao "olhar".
Frases tradicionais ligam esse sentido a ações de domínio, de medo e até como "arma de guerra"!
Por exemplo:
- "meu pai não diz nada. Basta um olhar para saber que estou sendo repreendido, reprovado" ou
- " fulano de olho de seca pimenteira"
-ou ainda o famoso e temido "olho gordo" o da destrutiva inveja.
Sempre foi e pelo jeito sempre será assim.
Vemos a vida conforme nossa percepção dos fatos. E neste caso falamos apenas da percepção através do "olhar". Mas somos seres complexos, com outras formas de "ver " o mundo. Vemos com o tato, com o olfato, com a audição. Ainda bem, ou teríamos que excluir desta conversa os deficientes visuais.
O registro de nossas percepções e a maneira como as decodificamos traçam nosso andar pela vida. Determina nossas ações, nossas relações com o outro e nos leva a construir ou destruir, a preservar ou descartar coisas e pessoas.
E não é a toa que tantas vertentes científicas se debruçam sobre o assunto.
Melhorar nossa visão da vida e nossas atitudes em relação à ela é a única forma possível de darmos continuidade à raça humana.
O filme de hoje, trata também como tema secundário da ambição do criador de um site de notícias que não abre mão de seus métodos e de seu sucesso apesar dos riscos que envolveram pessoas e instituições.
Juntando todas as partes desse emaranhado de informações, chegamos aos conceitos de sempre: orgulho, vaidade, ambição, que invariavelmente desembocam em desrespeito, destruição e guerras de todo tipo ou dimensão.
E pior, chegamos a conclusão de que o homem não mudou muito desde os primórdios da civilização.
Todo o conhecimento adquirido serviu mais para o desenvolvimento de novos métodos belicosos do que de nossa capacidade de relacionamento construtivo.
Mesmo quando nossas criações tiveram fins louváveis, logo surgiam situações de intenções duvidosas relativas a elas.
Até tivemos esperança por muito tempo de que uma tal "Era de Aquário" marcaria um tempo de paz e amor.
Ela chegou e nos frustrou.
Mas somos teimosos e insistentes e essa é nossa tábua de salvação já que nos leva a continuar tentando e esperando que as coisas melhorem.
Com os novos meios de informação e comunicação o mundo se tornou mais próximo, mais acessível e mais democrático.
Precisamos cuidar para que seja feito um bom uso disso.
O assunto é muito complexo, tem muitos caminhos a seguir e implica na união de esforços de várias profissões e de todas as pessoas.
Como psicóloga acredito muito na força da terapia como instrumento de transformação.
Podemos ajudar e muito não só em terapias individuais e em grupo de pessoas que buscam a solução de seus problemas e crescimento pessoal, mas também no uso de técnicas que ponham fim aos fantasmas do stress, aos medos e inseguranças, ao pânico... E mais ainda em trabalhos de orientação de pais e professores, profissionais diversos.
Como educadores em psicologia também podemos melhorar a forma como profissionais de todas as áreas olham o mundo e para o mundo. Afinal, não há profissão em que não tenhamos vínculos com outras pessoas.
Como dizia meu teórico favorito, Carl Rogers: "Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele"
Por isso pense:
Faça Terapia!!!!!
Namastê
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