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domingo, 24 de março de 2013

Psicoterapias -JUNG

Como disse que faria, voltei para falar de outra linha de psicoterapia a Psicoterapia Analítica de Carl Gustav Jung.



Carl Gustav Jung era psquiatra, nascido na Suiça e já havia desenvolvido grande parte de sua teoria até conhecer o trabalho de Freud, com quem travou um longo período de troca de correspondências e ideias (foram 7 anos!).

Porém, eles divergiam em pontos cruciais.

Por um lado, Jung considerava excessiva a importância que Freud dava aos impulsos sexuais.

De outro, Freud tinha reservas quanto aos estudos sobre fenômenos espirituais que tanto atraiam Jung.

Briga de gente grande!

Pois bem, com a dissidência, ficamos com os benefícios incontestáveis trazidos pelos dois teóricos.

Jung também usava a análise de sonhos e o estudo do inconsciente em seu trabalho, mas dava a eles outras vertentes de compreensão.

Jung enfatizou a existência do que chamou Inconsciente Coletivo, uma estrutura mental que registra os Arquétipos da humanidade, o conjunto das experiências ancestrais, culturais, sociais com grande relevância no entendimento da vida emocional do paciente.

Definiu estruturas da mente como  sombra e persona.

A Sombra, seria a parte mais instintiva do ser humano, aquela que abriga desejos e ações que escondemos de nós mesmos.

A Persona, a máscara social que usamos. Os papéis que representamos para a família, a sociedade...

Há também os conceitos de aspectos opostos do inconsciente :Anima e Animus.

Jung não limitou seus estudos aos aspectos puramente científicos. 

Buscou em fontes diversas como as filosofias orientais. É muito interessante ler seu prefácio ao I Ching, o Livro das Mutações.

Na terapia analítica, muitos aspectos da personalidade serão estudados, inclusive alguns em que em geral, o paciente nunca havia pensado como a sua origem étnica/geográfica/religiosa além de suas percepções conscientes de seus complexos e angústias através de métodos que vão da fala à interpretação de desenhos e sonhos. Tudo buscando o processo que Jung chamou de Individuação, onde deixamos para traz uma postura primitiva, infantil, fruto dos aspectos arquetipicos acumulados, para chegarmos ao self, o nós mesmos.

Adoro Jung, é muito interessante, sugiro a leitura de sua obra, mesmo para os que não são da área.

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