E Joia Rara terminou.
E eu não conseguiria não comentar algo sobre essa trama que merece todos os prêmios nacionais e internacionais!
A novela foi um esplendor, sem críticas possíveis embora tenham ocorrido alguns erros de figurino e vocabulário
Mas esses erros foram esquecidos graças à competência de autores e diretores.
Não é sempre que vemos uma novela que abre espaço para o brilho de todos os atores e suas personagens. Os atores pareciam fascinados pelo trabalho e nos mostraram toda sua força, todo seu mergulho na arte da interpretação.
Não é possível apontar favoritos, apenas tornou-se obrigatório aplaudir em pé a maravilha que é essa menina Mel Maia!
Também não pode passar em branco a participação de duas de nossas maiores damas do teatro: Nicete Bruno e Glória Menezes. A primeira pela volta ao trabalho mesmo no período de luto, e não um luto qualquer! A segunda pela coragem e entrega total à sua arte ao interpretar a Pérola monja, idosa e linda!
Quem acompanha o blog pode estar estranhando a abordagem de um tema tão "mundano", frívolo como uma novela. Outros, o time anti Globo vão ficar muito bravos com minha "perda de tempo". Mas eu explico.
Foi uma bela e empolgante estória com uma caracterização de época sensacional. Nos mostrou importantes dados sobre a história do país. Nossas músicas, os cabarés, as vedetes, o movimento trabalhista, as divergências políticas e o cenário nacional pré e durante a II Grande Guerra.
Este texto só veio parar aqui por causa do tema central da trama, o Budismo Tibetano, pouco presente na TV. Essa mesma TV que insiste cada dia mais em mostrar violência, sexo vulgar, vícios e irresponsabilidades de maneira geral, de repente nos deu uma breve passagem por conceitos de paz, amor, perdão, dedicação....
O mundo precisa disso!
Precisamos dar mais atenção ao que há de bom na humanidade ao invés de valorizarmos apenas o lado errado, o lado decadente.
A paz é possível, mas como dito no discurso final da Pérola Rinpoche, a paz, é uma decisão de cada um de nós, e o amor está lá no âmago de cada um. O amor altruísta, que reflete a compaixão. Conceitos que não deveriam ser exclusivos dos praticantes de nenhuma religião.
Deveriam estar no cotidiano de cada um de nós.
Como o nome desse veículo aqui é Paz e Tal.... aqui estou!
Parabéns à emissora, aos autores, aos diretores, equipe técnica e atores. Que venham os prêmios, o reconhecimento!
Namastê