sino

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Chance 2012


Escrever sob emoção é um perigo!

Corremos o risco de falar bobagens, exagerar, sei lá!

Mas Olimpíadas sempre me emocionam.

Já passei por muitas, mas com certeza a que mais me marcou foi Montreal em 1976


Eu era jovem, viciada em esportes e claro que isto me trazia interesse no evento.

Mas, tenho certeza de que nunca ficaria tão envolvida com a competição sem o incentivo de meus professores.

Todas as matérias foram envolvidas naquele período.

Professores de geografia falavam sobre o país, de história falavam da história dos jogos, os de matemática faziam cálculos de probabilidade de medalhas, os de física sobre, por exemplo, trajetória dos dardos...

E assim, todos tomávamos conhecimento das histórias de atletas e esportes, nos apaixonávamos por Nadia Comaneci e descobríamos que o mundo tinha muitas cores, dores e amores.


Assim como as artes, os esportes são uma grande oportunidade de sensibilizarmos as pessoas para uma vida de determinação, saúde, cooperação e amizade.

Não sei se a transmissão feita por uma rede  de TV que não tem tradição no ramo afetou o interesse das pessoas pelo evento ou se são as pessoas mesmo que já não se interessam mais.

Mas é muito importante que ao menos os pais, os avós, os professores, estimulem seus filhos, alunos, netos a acompanharem os jogos. Entender a importância da competição, a alegria das vitórias....
Mas o mais importante é valorizar a convivência pacífica entre os povos ali representados através de tantos jovens que parodiando uma performance comum aos que moram em São Paulo: "poderiam estar roubando, cheirando, etc..." mas estão lá, representando seus países depois de anos de dedicação, aprimoramento, disciplina.


Olimpíadas são um exemplo de amor à vida, ao amor e a paz.


Londres nos deu uma abertura de jogos inesquecível. As referências à literatura de Shakespeare, o jardim de bandeiras numa mini highland, a pira inesperada acesa por gente tão jovem e depois de ter navegado pelo Tâmisa...


Os jogos vem aí. Nós mais velhos e informados, temos lá no fundo um temor por lembranças de Munique 72.


Mas precisamos aproveitar a oportunidade de cultivar a paz e o amor através das ferramentas que os Jogos Olímpicos nos oferecem.


É a chance 2012